por Bianca Aline de Souza
Mestranda em Ciências Biológicas - Comportamento e Biologia Animal
Quem são os Protozoários Ciliados? Onde vivem? O que comem? Qual a sua importância?
Possivelmente, estas são as primeiras perguntas que vem à cabeça de que ouve falar sobre esses “Pequenos Grandes Seres Vivos”. Eles são seres unicelulares, ou seja, o seu corpo é formado por uma única célula (Figura 1), a qual exerce todas as funções vitais de um indivíduo, como locomoção, alimentação, excreção e reprodução, o que já demonstra a grandeza destes seres vivos, que apesar de serem microscópicos, ou seja, não são visíveis a olho nu, possuem grande complexidade corporal.
Possuem o corpo todo recoberto por cílios, estruturas muito pequenas, utilizadas para a sua locomoção (Figura 2). Em algumas espécies, os cílios servem, ainda, para a alimentação.
A grande maioria dos ciliados possui estilo de vida livre, e são encontrados em água salgada, água doce e ambientes terrestres. Mas eles podem, também, ser parasitos e viver dentro do corpo de outros seres vivos, inclusive em Seres Humanos, ocasionando vários danos. Além disso, existem aqueles que vivem dentro de outros seres vivos, trazendo benefícios para ambos, os chamados ciliados simbiontes. Neste caso, o ciliado encontra no hospedeiro, um ambiente protegido e rico em alimentos; e o hospedeiro, por outro lado, obtém alguma vantagem dos ciliados, como por exemplo os animais ruminantes, que se alimentam de dietas ricas em fibras, as quais são digeridas pelos ciliados e outros microrganismos presentes em seu trato digestório, conforme já refletido aqui no Blog (https://creflexiva.wixsite.com/capivarareflexiva/inicio/voc%C3%AA-sabe-o-que-a-vaca-tem-haver-com-o-efeito-estufa).
E por falar em alimento, o que estes seres microscópicos comem? Os ciliados de vida livre apresentam diferentes tipos de alimentação. Eles podem ser detritívoros, ou seja, se alimentar de matéria orgânica degradada ou de organismos mortos, bacterívoros, se alimentar de bactérias, herbívoros ou predadores. Sendo que estes últimos podem perseguir ativamente suas presas, ou ainda atuarem como predadores de emboscada, os quais capturam suas presas utilizando diferentes estratégias.
Estes “Pequenos Grandes Seres Vivos” são fantásticos! Eles apresentam a capacidade de se reproduzirem rapidamente, e são muito sensíveis à mudanças ambientais. Por esta razão, eles podem ser amplamente empregados em estudos de monitoramento de água, nos quais atuam como bioindicadores ambientais.
Há, ainda, relatos científicos de que algumas espécies podem secretar substâncias que tem potencial ação sobre células cancerígenas. Além de tudo isso, vocês sabiam que eles não vivem sozinhos? Eles podem abrigar em seu interior diferentes tipos de bactérias tais como Legionella, Mycobacterium, Listeria, Salmonella, Yersinia, Shigella, Campylobacter, dentre outras, que são potencialmente patogênicas para o homem. Este fato ressalta a importância de termos sistemas de tratamento de água, eficientes, para que não sejamos prejudicados por essas bactérias.
Abaixo (Figura 3), podemos observar bactérias no interior do núcleo de uma espécie de Paramecium.
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Excelente explicação! Muito didático e assunto super importante Parabéns a pesquisadora!
Interessante..Não sabia sobre,muito bom o conteúdo,bem explicado! Parabéns.
Muito bom poder ter esse conhecimento de uma forma tão clara!! Parabéns a mestranda Bianca! Ficou ótimo!!!
Parabéns à pesquisadora. Muito interessante o assunto e muito bem explanado.
Muito interessante os protozoários ciliados!! Gostei muito do assunto!! Um aprendizado a mais sobre esses " pequenos grandes seres vivos"!